A instalação do Noites Sonoras no Teatro Ednaldo do Egypto,
desde 2011, assim como a utilização de cenários conceituais, iluminação e
projeções visuais são sinais claros da excelência e receptividade do projeto,
que atrai tanto o público amante das verdadeiras catarses sonoras como também profissionais área da cultura. A
música instrumental brasileira ou, ousando falar, o Jazz Brasileiro tem pauta
garantida com o Noites Sonoras e, a cada temporada, ganha mais adeptos.
Está claro que o evento Noites Sonoras projeta-se como
referência na difusão da música instrumental paraibana. Caracteriza-se como um
ponto de encontro das pessoas que apreciam o genuíno jazz paraibano. Ao todo, se
apresentaram no palco do teatro seis grupos que mostraram todo o sincretismo do
jazz, da música popular e do rock progressivo paraibano.
O público compareceu em peso uma vez que as experimentações criativas
revelavam sonoridade marcante. Alex Madureira, Burgo Hipólito, Baião de Três, Anjo
Gabriel, Parahyba Art Ensemble estimularam, em suas apresentações, a cultura do
Jazz em João Pessoa através de repertórios baseado em sonoridades e harmonias singulares.
Toda esta fusão musical emprega sons genuinamente nordestinos
e cria uma identidade singular através das improvisações. Esta musicalidade
transformada em Jam Sessions torna possível a mistura de sensações que o teatro
se propõe. A ambientação cênica, a alternância de sons e a convergência de cada
um dos elementos expõem elementos visuais e acústicos esboçando aspectos únicos que ressalta a eletroacústica das bandas.
Noites
Sonoras é uma produção da Parahybólica Cultural e tem o patrocínio
do Fundo Municipal de Cultura (FMC). Agradecemos o apoio da Gráfica HE, da
Rádio Tabajara e da Sonho Doce que acreditaram no projeto que se transformou em
um encontro do Jazz pessoense. De extrema importância para concretizar nossos
objetivos, isto demonstra a credibilidade da produtora e de nossos parceiros o
que proporciona melhores resultados e oportunidades de excelência para o
público.
Alex Madureira
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Foto: Rafael Passos, 05.07.2012 |
Alex Madureira Barros é músico, compositor e historiador nas
horas vagas. Com uma trajetória de mais de 30 anos de carreira, Alex já
circulou pelas principais cidades do país, além de ter participado de diversas
turnês internacionais, com projetos solos ou acompanhando outros artistas. Há
mais de 10 anos acompanha o cantor Escurinho, desde o lançamento do CD
“Labacé”, em 1995. Também acompanhou o cantor pernambucano Alceu Valença em
turnês pelo país. Atualmente, Alex está com um disco pronto, “Deu o carai!”,
porém, ainda não lançado. É um disco de forró, com guitarra, zabumba, triângulo
e contrabaixo, e sem a habitual sanfona. Álbum
Burgo
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Foto: Diego Nóbrega, 10.07.2012 |
Hindemburgo Hipólito de Oliveira, ou simplesmente Burgo, como é conhecido no meio
artístico, é Pernambucano, mas reside e trabalha atualmente em João Pessoa.
Voltou recentemente de sua jornada na Alemanha, onde se configurou
"Embaixador Honorário da Cultura Pernambucana em Berlim" constituindo
residência por 17 anos. Aposta na fusão do Jazz com o manguebeat e ritmos
paraibanos - o que lhe conferiu espaço no exterior - trabalhando caboclinho,
maracatu de baque virado e baque solto, baião, funk, côco de roda e diversos
outros ritmos da cultura popular. Álbum
Baião
de Três
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Foto: Helder Oliveira, 02.08.2012 |
Mistura de pífanos às sonoridades jazzísticas e tons eruditos
formam a estética musical do grupo Baião de Três, formado por Heráclito
Dornelles (bateria, pífanos e samples), Ricardo Brito (piano) e Hercílio
Antunes (contrabaixos). A formação do grupo se deu por questões de afinidades
musicais e mesclas de linguagens individuais que se fundem em um caldeirão
sonoro guiado pela música nordestina em uma miscelânea de vivências pessoais,
como a sólida formação erudita do pianista Ricardo Brito, a bagagem orquestral
do baixista Hercílio Antunes e a pesquisa com origem na música e ritmos de
bandas de pífano do baterista Heráclito Dornelles. Álbum
Anjo
Gabriel
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Foto: Wênio Pinheiro, 16.08.2012 |
Com características psicodélicas, a banda Anjo Gabriel ressoa
ecos de rock progressivos e se firma na cena Pernambucana. Com seu leque
musical já consolidado a banda mostra o diálogo entre as cenas “udigrudi” e o Kraut Rock alemão, da década de
70. Formada no Centro de Artes e Comunicação – CAC em 2005, a banda tem
formação - André Sette (Teclados, Theremin e Flauta), Cris Ras (Guitarra),
Marco da Lata (Baixo) e CH Malves (Bateria). Ave Sangria, passando pelo John
Coltrane e chegando ao Lula Côrtes são algumas referências do Quarteto que
criam verdadeiras catarses musicais com suas apresentações. Álbum
Parahyba
Art Ensemble
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Foto: Rafael Passos, 13.09.2012 |
Do Dub improvisado, aquele surgido na Jamaica, ao jazz, maior
expressão da cultura popular americana, as influências do Parahyba Art Ensemble
se espalham pelo país renovando a cena da música instrumental brasileira. Ao
passear pelos rítmos nordestinos, este novo gênero da música instrumental cria
uma característica singular que é fortemente impulsionada pela internet conquistando
diversos públicos mundo a fora. Álbum
Néctar
do Groove
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Foto: Thercles Silva, 20.09.2012 |
Ao criar nuances inovadoras com leque de sons instrumentais, fundem
improvisos do Jazz underground de Zurique ao afrobeat, ritmos populares e
tradicionais paraibanos, que faz a Néctar do Groove ser considerada uma banda
com alto poder de impacto sob o público. Tudo com muita liberdade nos arranjos
e improvisos de tirar o fôlego do ouvinte, a banda encerra a 2ª temporada do
Noites Sonoras reinterpretando o Jazz, nacionalidade e regionalidade como
expressão do diferencial grupo. No final de 2010, é lançado o primeiro álbum da
banda, patrocinado pelo FMC. Agora a dedicam-se a circular pelo país divulgando
o novo CD. A banda tem feito sucesso por onde passa com apresentações festivais
como o Festival Música do Mundo (2001), em João Pessoa, o Festival
Internacional República do Blues (2010), em Brasília, Natal com Jazz (2009,
2010, 2011), Nova Consciência entre outros. Álbum
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